No dia 12 de agosto de 1883, uma série de cometas passou perto de atingir a Terra, matando praticamente tudo em nosso planeta.
A equipe da Universidade do México tem outra explicação. Eles afirmam que o que Bonilla observou eram fragmentos reais de um gigantesco cometa de bilhões de toneladas, e a razão para que ninguém tenha visto os objetos é que eles passaram tão próximos da Terra que eles só foram visíveis para observadores posicionados em partes muito estreitas do planeta. Mas é aqui que as coisas ficam mais malucas: como a Cidade do México e Puebla ficam a pouco menos de 650 kms de Zacateas, a equipe calcula que o cometa passou entre 480 e 8 mil quilômetros da Terra. E isso provavelmente os deixou bem próximos da extinção total.
Bonilla observou 447 objetos por 2 dias, mas ele os contou apenas em um tempo total de 3,5 horas. Para calcular o total correto do número de fragmentos, a equipe pegou a média dos fragmentos vistos por Bonilla por hora e os multiplicou para um dia inteiro de evento. Total: 3.275 peças separadas, todos eles do mesmo tamanho ou maiores do que o meteoro de Tunguska, em 1908. O impacto em Tunguska foi, em estimativas moderadas, de cerca de 15 megatons, ou mil vezes mais potente do que Hiroshima. 3.275 dessas bombardeando o planeta durante dois dias seria, como dizem os autores da pesquisa, “um evento de extinção”.
A fragmentação de cometas era um fenômeno conhecido em 1883, mas apenas dois casos haviam sido observados. É por isso que provavelmente Bonilla e o editor dos pássaros não fizeram a conta simples. Algumas das trajetórias feitas por Bonilla coincidem com um dos cometas que foi observado no mesmo ano, mas é possível que outro cometa, tão grande assustador quanto o outro, tenha passado despercebido e bem próximo da Terra.
by Gizmodo
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